Aluna da EMUS ganha primeiro lugar em Concurso de Violão

 
 
Rebeca Lorenzi da Silva venceu o primeiro lugar no XXXII Concurso de Violão Souza Lima
 
Seis. Desde a última segunda-feira, esse é o número de premiações acumuladas pela violonista Rebeca Lorenzi da Silva, de apenas 13 anos. Aluna do Curso de Extensão da Escola de Música da Universidade Federal da Bahia (EMUS/UFBA), Rebeca alcançou a sua sexta vitória no XXXII Concurso de Violão Souza Lima, um dos mais tradicionais e longevos certames da área no país, ganhando o primeiro lugar no Turno II, categoria que reúne violonistas de 12 a 14 anos.
 
Seis parece ser um número de sorte para a jovem: foi com essa idade, inspirada pelo pai, o também músico Márcio Santos da Silva, que Rebeca começou a tocar violão. Já no primeiro ano de estudo do instrumento, conquistou o primeiro lugar em um concurso para crianças. Depois disso, o número só aumentou.
 
Para Felipe Rebouças, professor que acompanha há 5 anos a trajetória da violonista no Curso de Extensão da EMUS, a dedicação de Rebeca é o seu grande diferencial. Com uma rotina de três horas diárias de estudo do instrumento, ela é descrita como proativa e detalhista, trabalhando com o professor em cada detalhe do repertório escolhido.
 
A escolha do repertório ideal é fundamental para a trajetória de sucesso da jovem. Para a XXXII edição do Concurso Souza Lima, Rebeca escolheu as peças Capricho Árabe, de Francisco Tárrega, e os Prelúdios 1 e 2 de Villa-Lobos, mais difíceis do que aquelas apresentadas por ela em 2020. O esforço extra valeu a pena: se, no ano anterior, ela garantiu o segundo lugar, em 2021, é vez de celebrar a primeira colocação. 
 
Mas não apenas na dificuldade se baseiam as escolhas de apresentação da jovem: “Na última edição ela viu uma participante tocando o Capricho Árabe e outro tocando o Prelúdio 1 e se apaixonou pelas obras. Disse ‘ano que vem vou tocar essas duas’. E foram justamente as que ela apresentou na final.”, conta o professor Felipe Rebouças. 
 
A escolha do repertório é um equilíbrio delicado, continua Rebouças: “Há uma preocupação com o nível de exigência do concurso e, ao mesmo tempo, o desejo de apresentar algo que já esteja em um bom grau de maturação, tanto em aspectos técnicos, quanto interpretativos”
 
Quanto ao futuro, Rebeca é bem decidida: quer cursar a graduação também na EMUS e alçar voos como concertista internacional, compatível com os melhores instrumentistas da atualidade. 
 
Cursos de Extensão - O vínculo de Rebeca com a Escola de Música da UFBA se dá através do Curso Básico de Violão, uma das muitas classes oferecidas através do programa de extensão da EMUS. Também conhecidos como Cursos Livres, os Cursos de Extensão são uma das formas que a EMUS utiliza para promover a cultura musical e aperfeiçoar os conhecimentos técnicos tanto daqueles que ainda não detêm a técnica musical quanto daqueles que desejam desenvolver o seu potencial artístico. Oferecidos a preços mais acessíveis que muitos cursos ou aulas particulares, os Cursos de Extensão da EMUS abrangem diferentes faixas etárias e graus de conhecimento. 
 
Para o Prof. José Maurício Brandão, diretor da Escola de Música da UFBA, ver seus alunos prosperando em ambientes que ultrapassam os muros da EMUS é sempre um orgulho, e deve ser encarado como a ratificação da qualidade do trabalho realizado pela Universidade Federal da Bahia. “Mostramos a importância de uma educação sólida, construída em um ambiente plural e proativo, marcas fundamentais da Universidade Pública”, completa.
 
Para mais informações acerca dos Cursos de Extensão, a Escola de Música da UFBA disponibiliza o endereço http://extensao10.blogspot.com/